sábado, 17 de abril de 2010

AMOR E SEXO

Amor é um livro
Sexo é esporte
Sexo é escolha
Amor é sorte

Amor é pensamento, teorema
Amor é novela
Sexo é cinema

Sexo é imaginação, fantasia
Amor é prosa
Sexo é poesia

O amor nos torna patéticos
Sexo é uma selva de epiléticos

Amor é cristão
Sexo é pagão
Amor é latifúndio
Sexo é invasão
Amor é divino
Sexo é animal
Amor é bossa nova
Sexo é carnaval

Amor é para sempre
Sexo também
Sexo é do bom...
Amor é do bem...

Amor sem sexo,
É amizade
Sexo sem amor,
É vontade

Amor é um
Sexo é dois
Sexo antes,
Amor depois

Sexo vem dos outros,
E vai embora
Amor vem de nós,
E demora

Amor é cristão
Sexo é pagão
Amor é latifúndio
Sexo é invasão
Amor é divino
Sexo é animal
Amor é bossa nova
Sexo é carnaval

Amor é isso,
Sexo é aquilo
E coisa e tal...
E tal e coisa...

Desesperar, Jamais

Pensando em levantar os ânimos:

Desesperar jamais
Aprendemos muito nesses anos
Afinal de contas não tem cabimento
Entregar o jogo no primeiro tempo

Nada de correr da raia
Nada de morrer na praia
Nada! Nada! Nada de esquecer

No balanço de perdas e danos
Já tivemos muitos desenganos
Já tivemos muito que chorar
Mas agora, acho que chegou a hora
De fazer valer o dito popular
Desesperar jamais
Cutucou por baixo, o de cima cai
Desesperar jamais
Cutucou com jeito, não levanta mais

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Amor Que Vai

Ainda no tema amores, ex-amores e músicas, aqui vai mais uma:

Amor que vai, amor que vem
Amor foge e vai embora
Amor que leva seus teréns
Pra não ter motivo de voltar

Amor que vai
Num cavalo alado chamado brisa
Amor que vem
Num galope rasgado na beira-mar
Amor maltrata, deseja
Amor comendo a maçã
Amor é pura incerteza
O que será amanhã?

segunda-feira, 12 de abril de 2010

A História De Lili Braun

Como num romance
O homem dos meus sonhos
Me apareceu dancing
Era mais um
Só que num relance
Os seus olhos me chuparam
Feito um zoom
Ele me comia
Com aqueles olhos
De comer fotografia
Eu disse cheese
E de close em close
Fui perdendo a pose
E até sorri, feliz

E voltou
Me ofereceu um drinque
Me chamou de anjo azul
Minha visão
Foi desde então ficando flou

Como no cinema
Me mandava às vezes
Uma rosa e um poema
Foco de luz
Eu, feito uma gema
Me desmilinguindo toda
Ao som do blues
Abusou do scoth
Disse que meu corpo
Era só dele aquela noite
Eu disse please
Xale no decote
Disparei com as faces
Rubras e febris

E voltou
No derradeiro show
Com dez poemas e um buquê
Eu disse adeus
Já vou com os meus
Numa turnê
Como amar esposa
Disse que agora
Só me amava como esposa
Não como star
Me amassou as rosas
Me queimou as fotos
Me beijou no altar
Nunca mais romance
Nunca mais cinema
Nunca mais drinque no dancing Nunca mais cheese
Nunca uma espelunca
Uma rosa nunca
Nunca mais feliz
Nunca mais romance
Nunca mais cinema
Nunca mais drinque no dancing Nunca mais cheese
Nunca uma espelunca
Uma rosa nunca
Nunca mais feliz

domingo, 4 de abril de 2010

Um relação e mil perguntas



Lendo um post da Formiga ( http://estavapensand01.blogspot.com/2010/04/caught-in-bad-romance.html ) , meio que me enquadrei como uma das mulheres citadas, mas ñ pq tenho medo de ficar sozinha (ou talvez eu tenha, mas acho que não). Mas sim pq eu a fria que toda vez que se percebia se apaixonando por alguém e achava q o cara ñ era lá muito confiável dava um jeitinho de cair fora da "furada" (claro que algumas vezes tb levei pé-na-bunda) mas acho q poucas vezes insisti em algum tipo de relação. Então cá estou desanimada, afogando minhas mágoas nos chocolates e escrevendo totalmente sem noção. Mas voltando a história de manter um relacionamento que já não é mais perfeito (como se espera), o problema é que, como sempre me vejo cheia de dúvidas: Não estaria eu querendo de mais? Será ñ devo aprender a tal da história de "dar sem esperar nada em troca"? Mas isso não seria ser Amélia de mais? Não deveria confiar um pouquinho mais nas pessoas? Puts, ñ tem um dia que não pense em ao menos uma dessas perguntas!!! SEi que eu a fria, a grossa, a solteirona estou tentando e acredito que um dia vou saber ao menos uma resposta.
Sei tb q confiança demora um tempo para ser conquistada mas para perde-la basta apenas um ato. Dai reconquista-la é ainda mais difícil!!! Acho que esse é o grande problema da tal felicidade, pq ai quando a mulher q depois d anosn de casada se supreende com o pedido de divórcio do marido e fica lá triste chorando lembra ' ... quando stavamos noivos e desistiu de casar duas vezes (concordo que é meio locura ter continuado e ter casado), mas se a história de desistencia não tivesse a incomodado durante todos esses anos, ela não lembraria mais da história depois de não sei quantos anos de casamanteo "feliz". O problema é que de certo modo ela tb deve ter ficado insegura, mas quis tentar, (pq dúvida todo mundo tem, eu que o diga!!!) agora o pq tentou são outros quintos talvez fosse realmente do tipo que acha que casamento seja o único modo de felicidade, isso nunca vou saber até porque nem li a coluna.
A mas tb tem outra coisa que sei, um dia a casa cai! Mais cedo ou mais tarde! Acho q vale a pena tentar se vc coloca a relação na balança e o peso do que é bom é maior do que é ruim. E caso oque é ruim pese mais: Bola pra-frente que atrás vem gente! ou A fila anda! Nunca vou squecer do dia que me disseram "chora pq chorar faz bem, acalma a alma", mas nem por isso vou ficar desesperada achando que o mundo acabou. Se sentir vontade de chorar vou chora, mas nada além disso. Se ele não quer, tem quem queira! E se não tiver é porque sou boa de mais para eles!

Ps.: Provavelmente ta meio sem noção, já to co sono, com fome e muito mais preguiça ainda para reler tudo

E agora José?

E agora, josé?
A festa acabou,
A luz apagou,
O povo sumiu,
A noite esfriou,
E agora, josé?
E agora, você?
Você que é sem nome,
Que zomba dos outros,
Você que faz versos,
Que ama, protesta?
E agora, josé?

Está sem mulher,
Está sem carinho,
Está sem discurso,
Já não pode beber,
Já não pode fumar,
Cuspir já não pode,
A noite esfriou,
O dia não veio,
O bonde não veio,
O riso não veio
Não veio a utopia
E tudo acabou
E tudo fugiu
E tudo mofou,
E agora, josé?

Sua doce palavra,
Seu instante de febre,
Sua gula e jejum,
Sua biblioteca,
Sua lavra de ouro,
Seu terno de vidro,
Sua incoerência,
Seu ódio - e agora?

Com a chave na mão
Quer abrir a porta,
Não existe porta;
Quer morrer no mar,
Mas o mar secou;
Quer ir para minas,
Minas não há mais.
José, e agora?

Se você gritasse,
Se você gemesse,
Se você tocasse
A valsa vienense,
Se você dormisse,
Se você cansasse,
Se você morresse...
Mas você não morre,
Você é duro, josé!

Sozinho no escuro
Qual bicho-do-mato,
Sem teogonia,
Sem parede nua
Para se encostar,
Sem cavalo preto
Que fuja a galope,
Você marcha, josé!
José, para onde?

Você marcha José, José para onde?
Marcha José, José para onde?
José para onde?
Para onde?

E agora José?
José para onde?
E agora José?
Para onde?

Carlos Drummond de Andrade


http://www.youtube.com/watch?v=CxrWk6N8pgY&feature=related